terça-feira, 21 de setembro de 2010

Análise da Paisagem

Impactos socio-ambientais da construção de barragens - O caso de UHE de Estreito no rio Tocantins

Atividades desta Aula:

- Ler o texto abaixo e assistir aos vídeos propostos.

- Entregar as questões sobre a atividade em laboratório que contam no final deste "mixer" de informações.

Interpretar os impactos ambientais decorrentes da construção de uma barragem para a produção de energia elétrica não é uma tarefa fácil. Envolve compreendermos a complexidade das relações sociais com o seu meio, além de estabelecermos relações com nosso modelo de desenvolvimento.
Um vídeo institucional lançado pelas empreiteiras encarregadas da construção da Usina Hidrelétrica de Estreito, no Rio Tocantis (divisa do Pará com o Maranhão) é uma boa demonstração do impacto dessas estruturas sobre o meio ambiente e sobre o meio social, chamando-nos a atenção para a quantidade de área inundada pela barragem.




Barragem de estreito
Carregado por geocidades. - Videos das ultimas descobertas cientificais.













Caso o vídeo não esteja disponível, consulte-o no sítio: http://www.dailymotion.com/video/x9fyca_barragem-de-estreito_tech


Este vídeo nos traz uma forma, antes inusitada, de observarmos sobre uma escala regional os impactos ambientais de tais obras e nos questionarmos em quais condições se encontrariam as pessoas que vivem na área afetada.
Uma reportagem do "Reporter Brasil" nos ajuda a buscarmos novos elementos para interpretarmos os impactos sobre a sociedade de ribeirinhos e indígenas que vivem lá. "Vidas Inundadas - Ribeirinhos" é uma das reportagens da série "ESTREITO", onde a jornalista Beatriz Camargo reconstrõe este fato sobre a ótica do pertencimento do lugar: "É difícil contabilizar a extensão e a profundidade dos impactos. Para quem vai perder a terra onde sempre viveu, o desamparo parece não ser indenizável."

Alguns trechos da reportagem

Empurrados para fora de seus pedaços de terra, os moradores - principalmente da área rural - não sabem se poderão manter suas atividades de subsistência. Idosos parecem ter dificuldade maior em entender o deslocamento e ficam ainda mais inseguros. Isabel Alves da Silva, outra moradora da Ilha de São José há décadas, diz que, se pudesse escolher, nunca sairia de lá. Ela se preocupa com o dinheiro da indenização, que pode "atrair pessoas invejosas".
Maria Zélia Moura, quebradeira de coco em Palmatuba, bairro distante de Babaçulândia, mostra o cultivo de feijão, na beirada do rio, com orgulho. No quintal, cultiva milho, pimenta, limão e outras árvores frutíferas. Ela acha que não vai conseguir plantar tudo de novo em outro terreno, pois ela e o marido estão mais velhos. Pensa em comprar uma casa na cidade.No entorno da casa de Maria Zélia, muito babaçu. Palmatuba vai inteira para debaixo d´água. As quebradeiras, reunidas numa associação, vão ganhar uma sede em outro lugar, próximo ao reassentamento da comunidade que, segundo o consórcio, será também em área de babaçuais.
Para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que apóia o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o deslocamento de populações vai contra o projeto da organização de distribuir a terra. "Nossa proposta é manter o homem na terra e não gerar mais sem-terras", resumiu a liderança do MST, Natal Alves Rodrigues, na audiência de Brasília, em maio de 2008. "Hoje se fala em progresso. Eu queria saber para quem vem esse progresso". Sete assentamentos serão diretamente afetados pela construção da barragem de Estreito: quatro delas no Tocantins e três no Maranhão.

QUESTÕES

Tanto o vídeo quanto o texto estão propondo uma interação de informações. Uma visão teórica e abrangente do impacto da construção de barragens, uma leitura de seus impactos regionais através do vídeo sobre a construção da Barragem de Estreito, divisa do Pará com o Maranhão e uma leitura sobre o local, na entrevista com uma ribeirinha da cidade de Babaçulândia (TO). Interaja sua interpretação sobre o impacto da construção de barragens respondendo a estas três questões:

a) Qual será a nova cota do Rio Tocantins na cidade de Babaçulândia (TO)? Quantos metros este subiu?

b) Quais os principais impactos na vida das pessoas dessa cidade? Você acha justificado estes problemas?

c) Existem outros impactos que podem ser relacionados a construção desta barragem?

Para responder a estas perguntas consulte também o sitio: http://www.reporterbrasil.org.br/exibe.php?id=1396 e veja a matéria, sobre o impacto da construção da barragem de Estreito/PA, na integra.