quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Aula Sensoriamento Remoto

Atendendo a pedidos. Deixei no blog a apresentação utilizada para a aula sobre sensoriamento remoto.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Geografia Comparada da América Latina

Atenção 7° Anos,

Os trabalhos neste bimestre prevêem o debate sobre a realidade socioespacial construída na América Latina tendo como estratégia de ensino o estabelecimento de relações e estudos comparativos - as relações tem como objetivo a interpretação do sistema colonial comum a nossa realidade latino americana e as comparações visam criarmos um repertório que possibilite interpretação da complexidade que está região possui, como uma realidade produzida e em construção.

Vamos a nossa primeira etapa!!!

Roteiros de Viagens: Construindo olhares sobre a América Latina.

Primeiramente, consultaremos um sítio com relatos de viagens: http://www.mochileiros.com/. Neste sítio existem informações de relatos de viajantes a diferentes lugares do mundo, basta selecionarmos o link relatos de viagem para conhecermos estas aventuras.




Muita atenção a nosso próximo passo, no sítio os relatos estão divididos por regiões, como nosso tema é América Latina, tanto faz escolhermos relatos que sejam da América do Sul ou da América Central, Caribe e México. Após escolherem uma das regiões selecione um relato para nossa atividade, que constitirá em:


- Em grupos de 3 pessoas montar um resumo sobre a viagem realizada e depois projetar o roteiro feito pelos viajantes em um mapa.


Não se esqueçam que os mapas devem conter título e legenda. Abaixo postei um modelo para a legenda, para que tenhamos um padrão de comparação entre os trajetos selecionados por toda a sala.


Bom trabalho!!!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A Questão Indígena no Brasil

Para o pessoal do 2º da Escola Mariano de Oliveira,

Caros alunos, conforme o prometido logo abaixo seguem os vídeos sobre a questão indigena no Brasil. O tema dos vídeos remetem a polêmica gerada na imprensa e em algumas instancias do Estado na homologação da Terra Indigena Raposa Serra do Sol. Vou deixar disponível, logo abaixo dos vídeos, os textos que complementam a discussão e colocam em xeque muita das posições tomadas nos vídeos. Bom trabalho.




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Textos do trabalho. Clique no link abaixo.
http://www.mediafire.com/?j2njnmnw4zm

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sistema Onu e a Corte Interamericana de Direitos Humanos: Como Funcionam?

Aos estudantes do 3º Ano,

Deixei em anexo dois importantes pontos para entendermos como funciona o sistema da ONU (Organização das Nações Unidas), criada pós 45 (fim da II Guerra Mundial). Peço que todos tenham atenção aos slides abaixo e depois acompanhem uma audiência da Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre a estarrecedora violação de direitos no caso "Castelinho".

Audiência da Corte Interamerica de Direitos Humanos - "Caso Castelinho"

A visibilidade que a mídia tem proporcionado à discussão da polêmica questão penitenciária, nem sempre assume características de uma isenção ou imparcialidade dos fatos.

Um claro exemplo disso pode ser citado como o ocorrido perto de Sorocaba em 06 de março de 2.002. O caso “Castelinho”, como ficou conhecido, se caracterizou como uma emboscada da polícia a um ônibus que supostamente transportava membros do PCC, segundo as noticias da época os sujeitos iriam efetuar a tentativa de roubo a um avião pagador.

Normalmente a cobertura de fatos como o caso “Castelinho” assume características na qual a representação predominante dos fatos aparece sempre ligada à violência – seja como solução, seja como mais uma representação desta. Nesse caso o que mais nos chama a atenção foi espaço dado pela mídia, no período, que acabaram por revelar uma série de interesses político-eleitoreiros envolvidos, em que os diferentes políticos em disputa no ano de 2.002, tentaram construir ou reforçar suas imagens a partir dos fatos, contando com a visibilidade garantida pela imprensa (entre eles o então governador Geraldo Alckimim e Deputado Estadual Afanazio Jazdji).

Pois bem, hoje esse caso tem tido novos e inusitados desdobramentos, como a aceitação da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da denuncia feita pela Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos (processo 12.479 – Jose Ailton Honorato e Outros – Castelinho, Brasil). Uma das Audiências mais recentes da CIDH demonstrou como o caso está longe de resolução pela justiça brasileira devida a sua morosidade e ineficiência em julgar este que já consta, segundo os peticionários, como uma emboscada para chacinar presos ligados ao PCC (veja trechos da audiência realizada no dia 27/10/2008 no vídeo abaixo).

Recuperar tais fatos fortalece uma interessante lição da necessidade de uma melhor interpretação das discussões sobre violência, e o papel das mídias que são freqüentemente monopolizadas por um discurso único sobre o tema que assim como em outros momentos tende a se radicalizar, conforme a exigência, fortalecendo uma preocupação de políticos dessa estirpe com as angustias cotidianas de uma sociedade que vem sendo bombardeada com uma série de fatos e informações angustiantes sobre a violência.

Já que a cobertura de casos como o “Castelinho” vem por reforçar o diagnóstico de que nesses discursos, que envolvem sujeitos em altas esferas de poder do Estado, não prevalece, em nenhum momento, uma ação do poder público condizente com uma realidade democrática - principio básico para mudarmos a realidade violenta brasileira. Fiquemos de olho! Não aceitemos tal provocação simplista de resolução que tem confundido justiça com chacina e tem repercutido com extrema força através da mídia.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Conivência do Estado a ação de grileiros.

Aos alunos do 2º ANO

Continuando o nosso debate, iniciado no 2º Bimestre deste ano, foram selecionados três vídeos a fim de demonstrar a problemática condição do campo brasileiro, que afetam não só as condições de sobrevivência dos grupos de baixo poder como também interferem no meio ambiente e na segurança alimentar do país. Por isso, para aqueles que não viram os vídeos deixe-os disponível neste blog. Afim de que todos participem e se sensibilizem com esta condição.


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Este primeiro vídeo apresenta a controvertida MP (Medida Provisória) da Grilagem, como foi apelidada pelos jornalista. Selecionei está reportagem porque ela nos coloca em pauta fatos históricos relacionados em aula: principalmente, a questão da ocupação da Amazônia, durante o governo militar, que se propôs a incentivar um processo violento de expansão da fronteira agricola. As consequências de tal processo desordenado acabaram por repercurtir na intensificação da grilagem de terra.
Como adiantado, a MP da Grilagem foi a proposta do Governo Lula de regulamentação fundiária, porém a medida não é unânime. Veja, por exemplo, o vídeo a seguir: uma crítica ferrenha do movimento ambiental Greenpeace a MP da Grilagem.


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Ao contrário do discurso do presidente "LULA" a crítica dos movimentos ambientais deve ser levada a sério. Veja, por exemplo, o vídeo a seguir para termos uma dimensão das falsificações de documentos de terras no país.


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Espero que os vídeos tenham lhes ajudado a compreenderem este problema, outros debates ainda se encaminharam em aula.

sábado, 30 de maio de 2009

Impactos socio-ambientais da construção de barragens - O caso de UHE de Estreito no rio Tocantins

Atividades desta Aula:
- Ler o texto abaixo e assistir aos vídeos propostos.

- Entregar as questões sobre a atividade em laboratório que contam no final deste "mixer" de informações.


Interpretar os impactos ambientais decorrentes da construção de uma barragem para a produção de energia elétrica não é uma tarefa fácil. Envolve compreendermos a complexidade das relações sociais com o seu meio, além de estabelecermos relações com nosso modelo de desenvolvimento.
Um vídeo institucional lançado pelas empreiteiras encarregadas da construção da Usina Hidrelétrica de Estreito, no Rio Tocantis (divisa do Pará com o Maranhão) é uma boa demonstração do impacto dessas estruturas sobre o meio ambiente e sobre o meio social, chamando-nos a atenção para a quantidade de área inundada pela barragem.

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Caso o vídeo não esteja disponível, consulte-o no sítio: http://www.dailymotion.com/video/x9fyca_barragem-de-estreito_tech

Este vídeo nos traz uma forma, antes inusitada, de observarmos sobre uma escala regional os impactos ambientais de tais obras e nos questionarmos em quais condições se encontrariam as pessoas que vivem na área afetada.
Uma reportagem do "Reporter Brasil" nos ajuda a buscarmos novos elementos para interpretarmos os impactos sobre a sociedade de ribeirinhos e indígenas que vivem lá. "Vidas Inundadas - Ribeirinhos" é uma das reportagens da série "ESTREITO", onde a jornalista Beatriz Camargo reconstrõe este fato sobre a ótica do pertencimento do lugar: "É difícil contabilizar a extensão e a profundidade dos impactos. Para quem vai perder a terra onde sempre viveu, o desamparo parece não ser indenizável."


Alguns trechos da reportagem

Empurrados para fora de seus pedaços de terra, os moradores - principalmente da área rural - não sabem se poderão manter suas atividades de subsistência. Idosos parecem ter dificuldade maior em entender o deslocamento e ficam ainda mais inseguros. Isabel Alves da Silva, outra moradora da Ilha de São José há décadas, diz que, se pudesse escolher, nunca sairia de lá. Ela se preocupa com o dinheiro da indenização, que pode "atrair pessoas invejosas".

Maria Zélia Moura, quebradeira de coco em Palmatuba, bairro distante de Babaçulândia, mostra o cultivo de feijão, na beirada do rio, com orgulho. No quintal, cultiva milho, pimenta, limão e outras árvores frutíferas. Ela acha que não vai conseguir plantar tudo de novo em outro terreno, pois ela e o marido estão mais velhos. Pensa em comprar uma casa na cidade.No entorno da casa de Maria Zélia, muito babaçu. Palmatuba vai inteira para debaixo d´água. As quebradeiras, reunidas numa associação, vão ganhar uma sede em outro lugar, próximo ao reassentamento da comunidade que, segundo o consórcio, será também em área de babaçuais.


Para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que apóia o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o deslocamento de populações vai contra o projeto da organização de distribuir a terra. "Nossa proposta é manter o homem na terra e não gerar mais sem-terras", resumiu a liderança do MST, Natal Alves Rodrigues, na audiência de Brasília, em maio de 2008. "Hoje se fala em progresso. Eu queria saber para quem vem esse progresso". Sete assentamentos serão diretamente afetados pela construção da barragem de Estreito: quatro delas no Tocantins e três no Maranhão.

QUESTÕES

Tanto o vídeo quanto o texto estão propondo uma interação de informações em diferentes escalas. Uma visão teórica e abrangente do impacto da construção de barragens, uma leitura de seus impactos regionais através do vídeo sobre a construção da Barragem de Estreito, divisa do Pará com o Maranhão e uma leitura sobre o local, na entrevista com uma ribeirinha da cidade de Babaçulândia (TO). Interaja sua interpretação sobre o impacto da construção de barragens respondendo a estas três questões:

a) Qual será a nova cota do Rio Tocantins na cidade de Babaçulândia (TO)? Quantos metros este subiu?
b) Quais os principais impactos na vida das pessoas dessa cidade? Você acha justificado estes problemas?
c) Existem outros impactos que podem ser relacionados a construção desta barragem?
Para responder a estas perguntas consulte também o sitio: http://www.reporterbrasil.org.br/exibe.php?id=1396 e veja a matéria, sobre o impacto da construção da barragem de Estreito/PA, na integra.

sábado, 23 de maio de 2009

Aula Formação do Povo Brasileiro - A questão Indigena em pauta

Para o pessoal do 2º da Escola Mariano de Oliveira,

Caros alunos, conforme o prometido logo abaixo seguem os vídeos sobre a questão indigena no Brasil. O tema dos vídeos remetem a polêmica gerada na imprensa e em algumas instancias do Estado na homologação da Terra Indigena Raposa Serra do Sol. Vou deixar disponível, logo abaixo dos vídeos, os textos que complementam a discussão e colocam em xeque muita das posições tomadas nos vídeos. Bom trabalho.




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Textos do trabalho. Clique no link abaixo.
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sábado, 18 de abril de 2009

Federais terão quatro maneiras de usar novo Enem como vestibular, diz MEC

Aos alunos interessados nos debates sobre o novo ENEM, a partir da proposta de mudança nos Vestibulares das Faculdades Federais, postei uma reportagem do sitio UOL/Educação. Muita atenção que o que está em jogo não é o "fim" dos vestibulares....


O MEC (Ministério da Educação) pretende defender a implantação da nova prova como fase única de seleção para as universidades. "Mas qualquer forma de participação é melhor do que nenhuma", disse Haddad em entrevista coletiva em Brasília.

O comitê que discute e elabora as diretrizes do novo Enem definiu que as quatro formas de participação das universidades serão as seguintes:

1- usar o Enem como prova única para a seleção de ingresso;
2- substituir apenas a primeira fase do vestibular pelo Enem;
3- combinar a nota do Enem com a nota do vestibular tradicional. Nesta modalidade, a universidade fica livre para decidir um percentual do Enem que será utilizado na média definitiva;
4- usar o Enem como fase única apenas para as vagas ociosas da universidade.

"Universidades que entendem que podem dar um passo mais ousado, darão. Por que vedar a participação por outra metodologia daquelas que não se sentem seguras para adotar o Enem como fase única? Seria autoritário e arbitrário da parte do MEC só aceitar participação na modalidade de fase única", disse Haddad.

fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/04/17/ult105u7908.jhtm - 17/04/2009 - 16h01




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sábado, 28 de fevereiro de 2009

Como se formam os ventos.

Atenção alunos da 7ª séries! Estou disponibilizando a animação sobre a formação dos ventos em escala global para aqueles que ficaram com dúvidas durante a aula.


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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Descer do salto e passar a rasteira.

Mais uma para a coleção de gafes da Secretária de Educação do Estado de São Paulo que divulgou texto classificando mais de 1.500 professores como nota 0. Essa notícia deturpada e confusa omite que boa parte desses professores que estão com a pontuação da prova, elaborada pelo Governo do Estado no final do ano passado, igual a 0 são de profissionais que sequer fizeram a prova.
A “birra” da secretária – não tenho meios de classificá-la de outra maneira – veio motivada pelo ganho de causa na justiça da APEOESP, entidade de classe que representa os professores do Estado de São Paulo, que permitiu que os professores que não realizaram a prova de participarem da atribuição de aulas.
Descer do salto e passar a rasteira tem sido a infeliz política de valorização do professor por parte da secretária de Educação, que tem tornado corriqueiro os ataques a classe como a entrevista para Revista Veja que classificou aumento de salários para professores como “Baboseira ideológica” e retirou sem nenhum motivo aparente – ou que pelo justificasse uma política pública eficiente para as escolas – o “art. 22” e a remoção para os ingressantes da rede pública estadual, que não poderão em três anos participar de processo, que só ocorria ao final de cada ano, para poderem mudar de escola.Todos essas ações vem demonstrando o quanto de inabilidade nossa secretária tem em lidar com uma estrutura que todos sabemos é defasada e prejudica a administração das escolas, mas que não tem como único culpado o professor.
Infelizmente a valorização do professor pela secretária pouco contribui para tantos profissionais que se empenham e esperam por uma escola pública que atenda as necessidades e anseios da sociedade.

Vídeo produzido por Paulo Guiraldelli - filosófo: "Baboseira Ideológica", posted with vodpod
PS. Vale a pena retratar uma propaganda veiculada pelo Governo do Estado e a Nossa Caixa do computador do professor: apesar de desde de Dezembro está propaganda ser anunciada ainda não foi obtido financiamento para nenhum professor desses computadores. Quando enviei para a Secretária da Educação um e-mail para informações sobre “a que pé andam as coisas” o e-mail da secretária apenas me instruiu para continuar olhando no sitio da secretária para mais informações. Haja paciência, enquanto a Secretária resolve a seu tempo a sociedade recebe a informação como mais um beneficio aos professores... Benefício é, pena que não chegou.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Resenha: Cidade Fechada, cidade vigiada: A tendência a segurança nos espaços residenciais na França e na América do Norte (1)


Uma tese central que se postula no livro é a questão da presença dos espaços de segurança, como um movimento que não chega a ser recente, mas que aponta para novas tendências. A primeira descreve a presença dos enclaves fortificados nas paisagens intra-urbanas, que apresentam um alto grau de sofisticação da segurança, a segunda tendência se relaciona com a intensificação dos espaços vigiados, através, agora a partir de dispositivos de políticas públicas.
Em suma o que está em voga neste livro é a critica a uma concepção de que o controle do espaço necessariamente implique em um maior sentimento de segurança. Ao concluir que “somos mais seguros que as gerações anteriores, o que muda não é a violência cotidiana, mas a nossa intolerância relativamente crescente a essa situação”, podemos tornar mais enfáticos à visão de Mike Davis que deduz: o que vivemos hoje é uma demanda paranóica por segurança.
Sendo assim os autores apontam “o condomínio fechado não é a única nem a primeira manifestação de segurança”, pelo contrário eles são reflexos de um novo modo de habitar que busca como solução aos problemas de socialização, o sentimento de “estar entre si”, num movimento de separa-se do outro, do alheio, do estranho. A identificação da fragmentação da vida e do tecido urbano leva a considerações importantes sobre a analise desenvolvida e aponta para dois principais fatos, de um lado o crescimento da insegurança real e percebida e dos discursos da insegurança e de outro lado as estratégias desse auto fechamento.
A explicação parcial desse processo normalmente se refere a um suposto estado de "caos" que vive as cidades, mas como aponta os autores isso explica parcialmente esse processo de construção desses espaços fechados. O conceito de “estar entre si” ganha corpo com a intensificação dos discursos de insegurança e se personifica na mera possibilidade de tornar esta vivencia num habitar sem riscos, sendo assim, os autores aponta para uma diferenciação da criminalidade e da insegurança, demonstrando que existe, além disso, um medo do outro.
Relacionada com a necessidade de fechamento e a fabricação da idéia de “estar entre si” resta-nos perguntar quais são esses processos sociais e culturais contemporâneas que essa produção de novas representações da sociedade urbana promove? Verificamos então a necessidade de pensarmos para nossa sociedade essas rupturas a um modelo de cidade promovida por este novo modelo societal, de uma cidade considerada heterogênea, mas ao mesmo tempo polarizada, a uma cidade fragmentada.
Essa fragmentação se identifica mesmo sobre a proposição do New Urbanism, que inicialmente foi concebido como um modelo de planejamento que buscava uma ocupação territorial dos espaços públicos das cidades, principalmente das áreas centrais que disputavam espaços como os enclaves fortificados. Muitas críticas puderam ser apontadas, mas chama a atenção o alerta que os autores apontaram: a banalização dos equipamentos e dispositivos de segurança, devido a uma aceitação social destes. São estes equipamentos de segurança que animam as discussões espaços privados, que promovem a separação entre o público e o privado, que regulamentam os espaços e o uso.
São essas posturas que exigem nossa responsabilidade, já que temos que lembrar que a analise tende a apontar a uma critica a modelos e equipamentos com ampla aceitação social. Inevitavelmente todos estes elementos são reflexos das representações sociais da sociedade urbana, o New Urbanism, as comunidades fechadas, e os novos dispositivos de vigilância eletrônicos são os elementos criticados que se escondem na aparente impressão de segurança e promovem a segregação de grupos, os outros.
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1. Os trechos do livro de Billard, G. & Chevallier, J.A & Madorré, F., “Cidade Fechada, Cidade Vigiada: A tendência à segurança nos espaços residenciais na França e na América do Norte”, foram extraídos da tradução livre (do francês para o português) realizada pela Professora Dra. Maria Encarnação Spósito (Unesp - Presidente Prudente), durante as discussões do grupo de estudo relacionados ao projeto Urbanização Difusa, Espaço Público e Insegurança Urbana, financiado pela FAPESP.